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Academia Imoto

BREVE ENSAIO SOBRE O FIM DE UMA ERA

Registros históricos e arqueológicos estimam que o ego — a consciência de ser e ter uma identidade autônoma habitando no corpo e regendo os pensamentos — se formou recentemente, há menos de 4 mil anos (saiba mais no livro “The Origin of Consciousness in the Breakdown of the Bicameral Mind”, de 1976, do psicólogo Julian Jaynes).

Antes deste período as pessoas viviam ouvindo e seguindo as ordens dos seus “deuses” e, depois, dos seus representantes divinos. Esta submissão aos comandos supostamente “celestiais” é uma das razões para as construções gigantescas construídas nos primórdios da civilização. A Pirâmide de Quéops no Egito e Machu Picchu no Peru, por exemplo, não foram erguidos por escravos, mas por súditos fiéis que acreditavam piamente na linhagem sagrada dos seus líderes (embora os incas não tiveram um faraó Akhenaton para lhes incutir um perigoso meme: o monoteísmo).

Para entender esse fenômeno vamos recuar um pouco mais no passado.

 

MONOCULTURA

A marca original da Revolução Agrícola há 10 mil anos foi a agricultura totalitária de acordo com o escritor Daniel Quinn (“Ismael”, 1992). Investir toda a mão-de-obra na lavoura, seja de trigo, arroz, milho ou soja, permitiu uma vida sedentária e a garantia de uma prole numerosa para ajudar no campo. Estes assentamentos foram crescendo e de tribos pequenas se tornaram aldeias, cidades, estados e federações. Com a monocultura abriu-se caminho para o monoteísmo. Estes foram os dois alicerces da globalização que iria se acelerar a partir das Grandes Navegações no século XV.

Com um modo de produção agrícola hegemônica e uma religião com um único Deus, restava transferir este conceito de assimilação cultural para a economia.

Não por acaso o ouro, o papel moeda e atualmente o dinheiro virtual se internacionalizaram.

E este “progresso” acelerado foi facilitado pelas principais características do ego: o medo da morte (o instinto da conservação) e o prazer por adorar e ser adorado (o instinto da nutrição na doutrinação do amor, do maternal ao Agapé).

No animal humano de cérebro privilegiado e memória aguçada por milhares de anos caçando e coletando, o ego se tornou uma arma de conquista quando assumiu o controle da civilização. E o ego, um remendo sináptico, busca uniformização de pensamento como meio de se replicar e se preservar intacto.

Cultura, religião e economia aos poucos foram se misturando e convergindo na mesma direção. E hoje, apesar das diferenças de hábitos, costumes, etnias e credos, a mesma cultura impera no Oriente e no Ocidente. E ainda o mesmo sistema de produção agrícola de alimentos em larga escala. Da moeda de troca — originalmente alimento e trabalho compartilhado tribalmente —, chegamos ao dinheiro, aos investimentos em derivativos da bolsa e às criptomoedas na moda.

O problema letal incubado desde o nascimento dessa economia artificial desenvolvida e alavancada pelo ego é a sua fraqueza intrínseca: ela nasceu sem lastro no mundo objetivo.

E essa fraqueza preenche todos os requisitos para levar a civilização inteira ao colapso em apenas alguns meses.

 

A HISTÓRIA DA COMIDA TRANCADA

A propriedade da terra e a estocagem nos silos é anterior ao Antigo Egito. E desde tempos remotos, quando uma safra era perdida, populações inteiras passavam fome mesmo que seus vizinhos de fronteira estivessem fartos e bem abastecidos.

As fomes e a desnutrição na Europa medieval, África, Oriente e nas regiões mais empobrecidas até dos países ditos de “Primeiro Mundo” são um exemplo desta falha.

Com raras exceções, as extinções ocorrem pela falta de alimentos (inversão da pirâmide ecológica). Nos dias atuais, uma simples greve prolongada de motoristas estrangula a distribuição de alimentos justamente no seu gargalo: o transporte. E sem lucros, nenhuma corporação ou fazendeiro terá como investir na plantação e na colheita.

 

A VERDADEIRA MOEDA

Alimento.

Um faminto não troca uma maçã por um Apple™.

Ciente disso, o ego depende de um sistema de castas para se perpetuar. E o ego é um mafioso nato. Ele se agrupa em elites negociando favores e promessas.

Muito antes de Marx anunciar seu Manifesto, as elites do mundo estavam a se unir para preservar o status quo.

Por quê?

Um sistema de produção baseado no comércio, incluindo a área de serviços em que se troca os lucros por produtos, inevitavelmente concentra a riqueza nas contas bancárias de uma minoria.

E essa concentração de bens garante poder e bem-estar aos poucos afortunados em detrimento da massa pobre de trabalhadores.

Na compra de alimentos, eletrodomésticos, combustíveis, cosméticos e pagando impostos, será inevitável este dinheiro fluir para os magnatas e seus asseclas.

Por isso esta economia artificial é um imenso sistema de pirâmide, um Esquema de Ponzi disfarçado e legalmente aceito como um “contrato social” leonino.

Voltando ao problema insolúvel deste modo insustentável de vida.

 

“CRESCEI E MULTIPLICAI-VOS”

Na fase em que chegamos, com 8 bilhões de pessoas disputando o trono, o colapso se aproxima mais rápido.

Aquela fagulha avivada há dez mil anos cresceu e as labaredas do incêndio estão visíveis. E a rã dormindo na água morna está sendo fervida…

As elites formadas por egos celebrados e de “sucesso”, cientes desta ameaça, estão tomando suas medidas para recuperar o controle dos consumidores. E com a alta tecnologia disponível já não precisam de tantas bocas para preservar seu poder.

Um despovoamento gradual, mas inclemente, seria a solução paliativa para atrasar uma quebra global econômica capaz de inverter a pirâmide e nivelar a sua base achatada.

E igualdade social seria inadmissível.

O ego teme a morte. Sua efemeridade lhe apavora. Mas uma existência sem ser idolatrado é um destino ainda mais cruel para os viciados no poder, mesmo para os que se escondem nos bastidores.

Portanto, quem controla a produção e a distribuição de alimentos, controla essa civilização hegemônica.

Quando uma economia se apoia no comércio de produtos e serviços, 80% do dinheiro em circulação irá para as elites. Isso não significa que o capitalismo é o vilão e o comunismo a salvação.

Onde houver comércio de produtos, os donos das redes de distribuição continuarão sendo os marajás. E estes reis dependem do ego para manter a população dividida, competindo entre si e almejando o mesmo lugar ao sol.

As formas para preservar o ego e fazê-lo regredir à sua condição bicameral ou cristalizar em um Superego são várias e bem óbvias: um sistema educacional prussiano, entretenimento massivo (Panem et circenses) e drogas lícitas e ilícitas para satisfazer o crescente desânimo dos que perceberam que a meritocracia é um mito.

Porém, de todas essas estratégias a religião organizada é a rainha.

 

O POVO DO ÓPIO

O animismo, o sentimento universal de pertencer à comunidade da vida, foi subjugado pela religião organizada que se tornou o ópio do povo. Sem proselitismo as religiões monoteístas voltariam ao animismo.

E como a religião se atrelou à economia artificial?

Apresentando o sucesso financeiro como sinal de aprovação divina.

Seja parte dos “Escolhidos”.

Liberte-se do ciclo de encarnações, do karma e da punição dos céus.

Acumule posses e seja influente.

Obtenha fama e será elevado como modelo de cidadão bem-sucedido.

E nunca deixe de meditar e rezar para o seu bem.

Eis a norma nesta cultura.

E todas essas promessas de salvação espiritual e riqueza material dependem de um ego para ser manipulado e induzido a ter fé e aceitar sua fortuna e sina.

Na corrida dos ratos (rat race) uns poucos estarão na dianteira e alguns na pole position. Outros serão içados e apresentados como exemplo de perseverança, trabalho duro e talento aplicado.

O restante irá se sacrificar dia e noite para continuar correndo e não ser pisoteado pelos que estão vindo atrás. E assim esta batalha é herdada pela geração seguinte e a próxima.

Cativos de um looping mental (o labirinto da condição humana), não é de se espantar o aumento de crianças suicidas, de assassinos juvenis frustrados atirando nas escolas e explodindo bombas, de adultos deprimidos que dormem e acordam à base de remédios e de idosos sofrendo de demência aos 60 anos.

 

A INTELIGÊNCIA FOI SUBESTIMADA

A percepção humana é aguçada, bem como a nossa capacidade de juntar os pontos e completar o quadro sozinhos.

E os jovens estão percebendo que estão por sua conta e risco.

Exceto os que irão herdar fortunas ou se destacar nos negócios das startups, eles sabem que estarão destinados ao trabalho temporário, forçados a se tornarem “empreendedores com brilho nos olhos”, e a prestar serviços alugando o próprio corpo.

Em certos países já é possível vender um rim no mercado negro para pagar dívidas. E o tráfico de órgãos é uma realidade desde os primeiros transplantes bem sucedidos no século XX.

Alguns artistas serão premiados nos shows televisivos e os oradores carismáticos das igrejas eletrônicas conseguirão se destacar e prolongar seus quinze minutos de fama.

Contudo, o fim do sistema econômico artificial está vindo a galope.

 

A DECADÊNCIA

Uma maneira de se averiguar a força de uma economia é fazendo uma estatística dos desempregados.

Calcula-se que 70% da população mundial estará desempregada em 2040.

E nenhuma renda básica universal e subsídios governamentais serão suficientes.

Ainda que a comida esteja nas prateleiras dos supermercados, você precisará pagar por ela para trazê-la até a mesa. E os preços não irão baixar.

Oferta e demanda são as forças cegas do mercado.

Vários estudos patrocinados por mega corporações previram este cenário (mais no livro “O Relatório Lugano”, 2002, de Susan George).

As elites compostas de egos bem alimentados, bem informados e bem servidos estão alertas a esse problema faz alguns séculos. O economista Thomas Malthus (1766 — 1834) errou, mas seu grito de alarme assustou a aristocracia e a burguesia.

O futuro distópico encenado no cinema não será causado pela escassez do petróleo, mudanças climáticas, meteoros, pandemias mortíferas ou invasões alienígenas (mais sobre isso no filme “A Estrada”, de 2009).

E a “Solução Final” desta vez não será por meio de uma Terceira Guerra Mundial, campos de concentração e eugenia.

A resposta pronta das elites é a resposta típica do ego: sacrificar os outros para salvar a si mesmo.

Desta vez dois terços do rebanho serão o bode expiatório.

Diante desta encruzilhada, entre a extinção por falta de comida ou a submissão condescendente para aceitar ser sacrificado pelo bem da manada, o ego está atingindo o seu ápice.

Um colapso econômico na China, Estados Unidos ou Índia, geraria um efeito dominó implacável, afetando a cadeia de distribuição de alimentos em todos os lugares. Sobrevivemos 30 dias sem alimento. Depois deste período qualquer outro ser vivo se torna uma fonte ambulante de proteínas. E um predador formidável.

Por outro lado, mediante um processo ordenado e sem resistência de depopulação, evitando o tsunami de desempregados previsto, esta extinção poderia ser adiada.

E aqui começam as más notícias.

 

OS ASSEXUADOS

As mulheres não estão mais gerando novos consumidores.

O rigor da vida urbana é o mais eficaz anticoncepcional.

Entre a carreira profissional e a procriação, o olho está no prêmio: na promessa de vitórias e sucesso, no glamour exibido nas vitrines, na aposentadoria com plano de saúde 5 Estrelas e com direito a cruzeiros turísticos pelos Sete Mares…

Casais estáveis estão desaparecendo. Os que restarem irão se divorciar. Na Guerra dos Sexos, a misoginia está vencendo. E a quantidade de solteiros com mais de 40 anos aumenta a cada ano. Neste interim, o período fértil ficou em segundo plano: a inseminação artificial e a manutenção de apenas um filho até os 18 anos esgotariam as economias de uma mãe solteira.

Dois filhos por casal não estabilizam a população sempre envelhecendo e cujo “pool genético” está ficando infértil. A média de natalidade no mundo está caindo para 1 filho (em países como Alemanha e Japão, menos de 1).

 

MOTOR ECONÔMICO

Quando a última grande potência econômica parar de crescer não será possível vender para quem não pode comprar.

Após a universalização das moedas virtuais, o dinheiro perderá seu valor. Então, qualquer alimento que sobrar na geladeira será mais valioso que todo o ouro e prata acumulados em um cofre.

Muitos irão apelar para o escambo.

Isso funcionará alguns dias. Mas não a tempo de plantar e colher, de criar e abater. Com fome, voltamos a ser nômades, caçando, colhendo e roubando o que encontrarmos pela frente. Mas desta vez, disputaremos alimento em selvas de pedra com milhares de outros concorrentes armados até os dentes e igualmente famintos e desesperados.

Estas previsões não serão compreendidas por aqueles que nasceram em uma economia de serviços. Os Milênios e a Geração Z desconhecem outra forma de trabalhar e se sustentar.

Mas na natureza, prestar serviços equivale a estar desempregado. Apenas o que criamos e cultivamos para nutrir o corpo tem valor calórico real. Somos consumidores de fato, mas de alimentos.

No Relógio do Juízo Final estamos a um minuto da meia-noite.

 

IR ALÉM DE ONDE OUTROS PARARAM

Aqui terminam as más notícias e começam as boas novas.

Há a possibilidade, e talvez algum tempo hábil, de postergar esse destino que a natureza reservou a todas as espécies.

Quando o antropocentrismo é erradicado, a inteligência nativa tem a chance de operar.

E as soluções da inteligência nativa superam quaisquer previsões otimistas das utopias mais fantásticas.

Felizmente a questão de como vencer o antropocentrismo, outro nome para egocentrismo, foi resolvida.

Com a neutralização do ego, a economia artificial perde sua motivação básica. No lugar do dinheiro para trocar serviços e produtos, entra a cooperação mútua que sempre funcionou nas tribos, nos clãs familiares e nas pequenas empresas.

Em vez de venda e revenda, a reciprocidade.

A riqueza gerada por pequenos agrupamentos de pessoas é reaplicada em sua manutenção, em um feedback positivo. E vários desses agrupamentos agindo interdependentes evita um colapso global. Atuando localmente, mas coletivamente, o alimento volta a ser disponível em vez de trancado e taxado.

Isto planificaria as classes e a população alcançaria o Crescimento Populacional Zero sem risco de faltar comida. Este procedimento inteligente refuta o Experimento de Calhoun: sem uma superpopulação em espaço confinado recebendo rações ilimitadas, a redução gradual das monoculturas – e consequentemente da demográfica – não afetaria a cadeia de distribuição dos alimentos. Terrenos áridos seriam recuperados, como vem sendo feito em regiões desérticas, e o número de habitantes em tais localidades não ultrapassaria o limite suportado.

 

LIBERDADE COM SEGURANÇA ALIMENTAR

Este não é um sonho.

O desafio é por em prática um completo abandono do velho paradigma dos programas que nunca funcionaram, dos ideais obsoletos que só trouxeram carnificina, dos ídolos que se iludiram com o brilho das telas e que enganam seus fãs enquanto os entretêm.

As soluções seriam inúmeras e criativas, provenientes de mentes novas sem qualquer limitação ideológica.

As transformações sociais decorrentes da inteligência nativa livre das amarras de um ego estão literalmente além da imaginação.

Depois que um caminho novo é aberto, cabe aos futuros viajantes pavimentá-lo para trilhar por ele sem riscos de tropeçar. Esse trajeto por uma paisagem incógnita será lento e prudente, mas confiante.

O medo irracional do ostracismo e do esquecimento terá acabado.

A jornada da vida no mundo objetivo pode durar mais de 100 primaveras. E nesses anos vindouros não precisaremos mais carregar a bagagem emocional pesada dos nossos ancestrais, mas sim lhes mostrar que seu sofrimento não foi em vão, porque facilitou a nossa existência e nos conduziu à prosperidade.

 

A NOVA ARTE DE CONTEMPLAR EM SINESTESIA

Um paraíso na Terra está prestes a ser inaugurado.

Basta abandonar as correntes dogmáticas quebrando seus elos frágeis e assim abrir os cadeados mentais das crenças.

E, felizmente, agora estas ações não dependem da autorização de terceiros nem de entidades sobrenaturais. Há um método de manumissão do ego disponível para todos testarem e usufruírem quase que imediatamente.

No lugar de abandonar a luta dos seus antepassados, o homem e a mulher livres do ego irão lutar pelo que realmente importa: para cumprir seu destino evolutivo sem as chicotadas das dores psicológicas.

Adaptar-se é trocar comportamentos e pensamentos que nunca funcionaram por ações e projetos que garantam uma vida longa e lúcida para todos.

Esta é a essência biológica do altruísmo.

 

O ALTRUÍSMO CONTEMPLATIVO

Os dois tipos de altruísmo conhecidos são:

1. O altruísmo congênito, em que os pais instintivamente se sacrificam pelos filhotes.

2. O altruísmo condicionado, em que os filhos são educados para se sacrificar pelo grupo a que pertence.

Ambos falharam.

A saída será o terceiro tipo, o ALTRUÍSMO CONTEMPLATIVO, em que cada indivíduo descobriu visceralmente que é uma das células que mantém o órgão e o corpo da humanidade funcionando.

Este altruísmo nasce das experiências sinestésicas que todos já experimentaram e continuarão a vivenciar. Viver em tal estado evita o desgaste e a degeneração precoces nos relacionamentos entre seus pares e os grupos. E traz o equilíbrio natural de uma economia livre de qualquer hierarquia tirânica ou divisão imposta de trabalho.

A metástase do ego se interrompe e o corpo tem a chance de se renovar integralmente na neurogênese da “Anástase”, a plasticidade máxima do cérebro, expurgando o ego e se purificando em benefício do corpo e dos demais.

 

AUDÁCIA

“Desde o salto do macaco para o homem, um insight tão profundo esteve disponível e um salto evolutivo alcançável para o indivíduo e o mundo.”

— Trecho da Apresentação do físico e escritor Monk E. Mind para o livro “A ARTE SINESTÉSICA DA CONTEMPLAÇÃO” (2020).

 

O primeiro passo sempre é o mais difícil. E o mais decisivo.

A diversidade é a principal evidência dos mecanismos adaptativos da natureza. E uma única cultura pregando um modo idêntico de viver é uma aberração punida com a extinção. A diversidade em qualquer espécie impede que seus membros matem e morram lutando pelos mesmos recursos.

A última barreira para a espécie humana se transformar em um superorganismo é a comunicação. E a única comunicação verdadeiramente universal é a contemplação sinestésica, uma experiência sensorial ímpar que pode se espalhar como as sementes do dente-de-leão via internet.

Isso desagradará as elites de ego à espreita, preocupadas em salvar o seu “padrão de vida” apesar do indisfarçável descontentamento oculto embaixo das máscaras sorridentes com as quais se apresentam. Elas tentarão atrasar este processo e proibir aquelas sementes de germinar…

Mas estes empecilhos não serão um problema para os que ousarem sair do labirinto antes que seja tarde demais.

THE DANDELION SEEDS
A BRIEF ESSAY ON THE END OF AN ERA

Historical and archaeological records estimate that the ego — the consciousness of being and having an autonomous identity dwelling in the body and governing thoughts — was formed recently, less than 4 thousand years ago (learn more in the book “The Origin of Consciousness in the Breakdown of the Bicameral Mind”, 1976, by psychologist Julian Jaynes).
Before this period, people lived by listening and following the orders of their “gods” and, later, of their divine representatives. This submission to the supposedly “celestial” commands is one of the reasons for the gigantic constructions built in the early days of civilization. The Cheops Pyramid in Egypt and Machu Picchu in Peru, for example, were not built by slaves, but by faithful subjects who firmly believed in the sacred lineage of their leaders (although the Incas did not have a pharaoh Akhenaton to instill a dangerous meme in them: monotheism).
To understand this phenomenon, we will go back a little further in the past.

 

MONOCULTURE
The original mark of the Agricultural Revolution 10,000 years ago was totalitarian agriculture according to the writer Daniel Quinn (“Ishmael”, 1992). Investing all the labor in the fields, be it wheat, rice, corn or soybeans, allowed a sedentary life and the guarantee of a large number of children to help in the work. These settlements grew and small tribes became villages, cities, states and federations. Monoculture opened the way to monotheism. These were the two foundations of globalization that would accelerate after the Great Navigations in the 15th century.
With a hegemonic agricultural production mode and a religion with a single God, it remained to transfer this concept of cultural assimilation to the economy.
It is not by chance that gold, paper and virtual money are now internationalized.
And this accelerated “progress” was facilitated by the main characteristics of the ego: the fear of death (the instinct of conservation) and the pleasure of worshiping and being adored (the instinct of nutrition in the indoctrination of love, from maternal to Agapé).
In the human animal with a privileged brain and keen memory for thousands of years hunting and gathering, the ego became a weapon of conquest when it took control of civilization. And the ego, a synaptic patch, seeks uniformity of thought as a means of replicating and preserving itself intact.
Culture, religion and economics were gradually mixing and converging in the same direction. And today, despite the differences in habits, customs, ethnicities and creeds, the same culture prevails in the East and in the West. And the same large-scale agricultural food production system. From the currency of exchange — originally food and work shared tribally — we come to money, investments in stock market derivatives and trendy cryptocurrencies.
The lethal problem incubated since the birth of this artificial economy developed and leveraged by the ego is its inherent weakness: it was born without support in the objective world.
And that weakness fulfills all the requirements to bring the entire civilization to collapse in just a few months.

 

BRIEF HISTORY OF LOCKED FOOD
Land ownership and storage in silos is older than Egypt. And since ancient times, when a crop was lost, entire populations went hungry even though their border neighbors were fed up and well supplied.
Hungers and malnutrition in medieval Europe, Africa, the East and in the most impoverished regions even in the so-called “First World” countries are an example of this failure.
With rare exceptions, extinctions occur due to lack of food (inversion of the ecological pyramid). Nowadays, a simple prolonged strike by truck drivers strangles the distribution of food precisely at its bottleneck: transport. And without profits, no corporation or farmer will be able to invest in planting and harvesting.

 

THE REAL CURRENCY
Food.
A hungry man doesn’t trade an apple for an Apple™.
Aware of this, the ego depends on a caste system to perpetuate itself. And the ego is a born mobster. It groups itself into elites negotiating favors and promises.
Long before Marx announced his Manifesto, the elites of the world began to come together to preserve the status quo.
Why?
A production system based on trade, including the area of ​​services in which profits are exchanged for products, inevitably concentrates wealth in the bank accounts of a minority.
And this concentration of goods guarantees power and well-being for the lucky few to the detriment of the poor mass of workers.
When buying food, appliances, fuel, cosmetics and paying taxes, it will be inevitable that this money will flow to tycoons and their minions.
That is why this artificial economy is an immense pyramid system, a Ponzi Scheme disguised and legally accepted as an unfair “social contract”.
Returning to the insoluble problem of this unsustainable way of life.

 

“GROW AND MULTIPLY”
As we arrive, with 8 billion people vying for the throne, the collapse is approaching faster.
That spark ten thousand years ago has grown and the flames of the fire are visible. And the frog sleeping in the warm water is being boiled …
The elites formed by celebrated and “successful” egos, aware of this threat, are taking their measures to regain control of consumers. And with the high technology available, they no longer need so many mouths to preserve their power.
A gradual but inclement depopulation would be the palliative solution to delay a global economic crash capable of reversing the pyramid and leveling its flattened base.
And social equality would be unacceptable.
The ego fears death. Its lack of perpetuity terrifies it. But an existence without being idolized is an even more cruel destiny for such addicts in power, even for those who hide behind the scenes.
Therefore, whoever controls the production and distribution of food, controls this hegemonic civilization.
When an economy relies on trade in products and services, 80% of the money in circulation will go to the elites. This does not mean that capitalism is the villain and communism is salvation.
Where there is trade in products, the owners of the distribution networks will continue to be the Maharajas. And these kings depend on the ego to keep the population divided, competing with each other and aiming for the same place under the sun.
The ways to preserve the ego and regress (bicameral) or crystallize it (Superego) are several and very obvious: a Prussian educational system, mass entertainment (Panem et circenses) and legal and illegal drugs to satisfy the growing discouragement of those who realized that meritocracy is a myth .
However, of all these strategies, organized religion is the queen.

 

THE PEOPLE OF THE OPIUM
Animism, the universal feeling of belonging to the community of life, was suffocated by organized religion that became the opium of the people. Without proselytism, monotheistic religions would return to animism.
And how did religion tie itself to the artificial economy?
Presenting financial success as a sign of divine approval.
Be part of the Chosen Ones.
Free yourself from the cycle of incarnations, karma and the punishment of the heavens.
Accumulate possessions and be an influencer.
Get fame and you will be elevated as a model of successful citizen.
And never stop meditating and praying for your good.
This is the norm in this culture.
And all of these promises of spiritual salvation and material wealth depend on an ego to be manipulated and induced to have faith and accept its fortune and destiny.
In the rat race, a few will be in the lead and some in pole position. Others will be lifted and presented as an example of perseverance, hard work and applied talent.
The rest will sacrifice themselves day and night to keep running and not be trampled by those who are coming behind. And so this battle is inherited by the next generation and the next.
Captive in a mental loop (the labyrinth of the human condition), it is not surprising to see the increase in suicidal children, frustrated juvenile killers shooting at schools and blowing up bombs, depressed adults who sleep and wake up on the basis of medicines and elderly people suffering dementia at age 60.

 

INTELLIGENCE HAS BEEN UNDERSTANDED
Human perception is heightened, as well as our ability to collect the dots and complete the picture on our own.
And young people are realizing that they are at their own risk.
Except those who will inherit fortunes or stand out in the startups’ business, 99% of them know that they will be destined for temporary work, forced to become “entrepreneurs with bright eyes”, and to provide services by renting their own bodies.
In some countries it is already possible to sell a kidney on the black market to pay off debts. And organ trafficking has been a reality since the first successful transplants in the 20th century.
Some artists will be awarded in the television shows and the charismatic speakers of the electronic churches will be able to stand out and prolong their fifteen minutes of fame.
However, the end of the artificial economic system is coming at a gallop.

 

THE DECADENCE
One way to ascertain the strength of an economy is by making statistics on the unemployed.
It is estimated that 70% of the world population will be unemployed in 2040.
And no universal basic income and government subsidies will be sufficient.
Even though the food is on supermarket shelves, you will need to pay for it to bring it to the table. And prices will not go down.
Supply and demand are the blind forces of the market.
Several studies sponsored by mega corporations predicted this scenario (more in the book “The Lugano Report”, 2002, by Susan George).
Elites composed of well-fed, well-informed and well-served egos have been aware of this problem for some centuries. Thomas Malthus (1766 — 1834) was wrong, but his crying wolf frightened the aristocracy and the bourgeoisie.
The dystopian future staged in the cinema will not be caused by the scarcity of oil, climate changes, meteors, deadly pandemics or alien invasions (more about this in the film “The Road”, 2009).
And the “Final Solution” this time will not be through a Third World War, concentration camps and eugenics.
The elites’ prompt response is the typical ego response: sacrificing others to save yourself.
This time two-thirds of the herd will be the scapegoat.
Faced with this crossroads, between extinction due to lack of food or condescending submission to accept being sacrificed for the good of the herd, the ego is reaching its peak.
An economic collapse in China, the United States or India would have a relentless domino effect, affecting the food distribution chain everywhere on Earth. We survived 30 days without food. After this period any other living thing becomes a walking source of protein. And a formidable predator.
On the other hand, through an orderly process without depopulation resistance, avoiding the expected unemployment tsunami, this extinction could be postponed.
And here the bad news begins.

 

THE ASEXUALS BEINGS
Women are no longer generating new consumers.
The rigor of urban life is the most effective contraceptive.
Between the professional career and procreation, the eye is on the prize: on the promise of success, on the well-being displayed in the windows, on retirement with a 5 Star health care plan and the right to tourist cruises on the Seven Seas …
Stable couples are disappearing. Those who remain will divorce. In the War of the Sexes, the misogyny is winning. And the number of bachelors over 40 years old increases every year. In the meantime, the fertile period was in the background: artificial insemination and the maintenance of only one child until the age of 18 would deplete the savings of a single mother.
Two children per couple do not stabilize the population, always aging and whose gene pool is becoming infertile. The average number of births in the world is dropping to 1 child (in countries like Germany and Japan, less than 1).

 

ECONOMIC ENGINE
When the last great economic power stops growing it will not be possible to sell to those who cannot buy.
After the universalization of virtual currencies, money will lose its value. So any food left in the fridge will be more valuable than all the gold and silver stored in a safe.
Many will appeal to barter.
This will work for a few days. But not in time to plant and harvest, to raise and slaughter. Hungry, we are nomadic again, hunting, harvesting and stealing what we find ahead. But this time, we will dispute food in stone jungles with thousands of other competitors armed to the teeth and equally hungry and desperate.
These predictions will not be understood by those born into a service economy. The Millennia and Generation Z are unaware of another way of working and supporting themselves.
But in nature, providing services is equivalent to being unemployed. Only what we create and cultivate to nourish the body has real caloric value. We are actually consumers, but of food.
At the Doomsday Clock we are one minute from midnight.

 

GO BEYOND WHERE OTHERS STOPPED
Here the bad news ends and the good news begins.
There is the possibility, and maybe some time, to postpone this destiny that nature has reserved for all species.
When anthropocentrism is eradicated, native intelligence has a chance to operate.
And the solutions of the native intelligence surpass any optimistic predictions of the most fantastic utopias.
Fortunately, the question of how to overcome anthropocentrism, another name for egocentrism, has been resolved.
With the neutralization of the ego, the artificial economy loses its basic motivation. In place of money to exchange services and products, there is the mutual cooperation that has always worked in tribes, family clans and small businesses.
Instead of selling and reselling, reciprocity.
The wealth generated by small groups of people is reapplied in its maintenance, in positive feedback. And several of these groupings acting interdependently with each other prevent a global collapse. Acting locally, but collectively, food becomes available again instead of being locked and taxed.
This would plan the classes and the population would achieve Zero Population Growth without risking food shortages. This clever procedure refutes Calhoun’s Experiment: without overcrowding in confined space receiving unlimited rations, the gradual reduction of monocultures — and consequently of population — would not affect the food distribution chain. Arid lands would be recovered, as has been done in desert regions, and the number of inhabitants in such locations would not exceed its supported limit.

 

FREEDOM WITH FOOD SECURITY
This is not a dream.
The challenge is to put into practice a complete abandonment of the old paradigm of programs that never worked, of obsolete ideals that only brought carnage, of idols who were deluded by the brightness of the screens and who deceive their fans while entertaining them.
The solutions would be innumerable and creative, coming from new minds without any ideological limitations.
The social transformations resulting from native intelligence free from the bonds of an ego are literally beyond imagination.
After a new path is opened, it is up to future travelers to pave it to walk it without the risk of stumbling. This journey through an unknown landscape will be slow and prudent, but confident.
The irrational fear of ostracism and oblivion will be gone.
Life’s journey in the objective world can last more than 100 springs. And in these years to come we will no longer need to carry the heavy emotional baggage of our ancestors, but to show them that their suffering was not in vain, because it facilitated our existence and led us to prosperity.

 

THE NEW ART OF CONTEMPLATING IN SYNESTESIA
A paradise on Earth is about to open.
Just let go of the dogmatic chains breaking your fragile links and thus unlock the mindcuffs of beliefs.
And, fortunately, now these actions do not depend on the authorization of third parties or supernatural entities. There is a method of manumission available for everyone to try and enjoy almost immediately.
Instead of abandoning the fight of their ancestors, the ego-free man and woman will fight for what really matters: to fulfill their evolutionary destiny without the lashes of psychological pain.
To adapt is to exchange behaviors and thoughts that never worked for actions and projects that guarantee a long and lucid life for everyone.
This is the biological essence of altruism.

 

CONTEMPLATIVE ALTRUISM
The two known types of altruism are:
1. Congenital altruism, in which parents instinctively sacrifice themselves for their young.
2. Conditioned altruism, in which children are educated to sacrifice themselves for the group to which they belong.
Both failed.
The way out will be the third type, CONTEMPLATIVE ALTRUISM, in which each individual viscerally discovered that it is one of the cells that keeps the organ and body of humanity functioning.
This altruism is born out of synesthetic experiences that everyone has already experienced and will continue to experience. Living in such a state avoids early wear and tear in relationships between peers and groups. And it brings the natural balance of an economy free from any tyrannical hierarchy or imposed division of labor.
The metastasis of the ego is interrupted and the body has the chance to fully renew itself in the neurogenesis of “Anastasis, the maximum neuroplasticity of the brain, purging the ego and purifying itself for the benefit of the body and others.

 

AUDACITY
“Not since the jump from monkey to man has such a profound insight been available, and an evolutionary leap attainable for the individual and for the world.”
— Excerpt from the Foreward of the physicist and writer Monk E. Mind for the book “THE SYNESTHETIC ART OF CONTEMPLATION” (2020).

 

The first step is always the most difficult. And the most decisive.
Diversity is the main evidence of nature’s adaptive mechanisms. And a single culture preaching an identical way of life is an aberration punished by extinction. Diversity in any species prevents its members from killing and dying by fighting for the same resources.
The last barrier for the human species to become a superorganism is communication. And the only truly universal communication is synesthetic contemplation, a unique sensory experience that can spread like dandelion seeds via the internet.
This will displease the lurking ego elites, concerned with saving their standard of living despite the undisguised discontent hidden beneath the smiling masks with which they present themselves. They will try to delay this process and prohibit those seeds from germinating …

But these obstacles will not be a problem for those who dare to get out of the maze before it is too late.

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