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Academia Imoto

“O que a vida quer da gente é coragem.”
— Guimarães Rosa

A palavra “coragem” vem do Latim “Coraticum”, derivado de “cor”, “cordis”, “coração”. E o coração era considerado, na antiguidade, a “casa” que abrigava tanto a coragem quanto a inteligência. É possível ser inteligente e não ter coragem, e vice-versa. Combinar essas duas qualidades requer método, da mesma forma que combinar golpes e manobras técnicas de diversas lutas em um único sistema requer seguir uma série de instruções práticas e testes.

Em 2006, ano em que corajosamente inaugurei a Academia Imoto em São Paulo, os conceitos básicos para desenvolver o programa de treinamento de autodefesa que viria a se chamar “MÉTODO IMOTO” já estavam bem evidentes:
1. O corpo é a arma. E o modo como o corpo humano estava – e continuava sendo treinado – causava mais malefícios do que benefícios a longo prazo. O desgaste articular, as lesões e o excesso de cargas e de esforço isolado repetitivo reduz a vida útil do corpo e por isso muitos atletas das lutas se aposentam antes dos 40 anos. Contudo, a necessidade de autodefesa permanece a medida que envelhecemos. A violência não poupa idade nem gênero. Este foi o meu primeiro ponto de reflexão.
2. Treinar apenas uma modalidade nos deixa marcialmente incompletos. No início eu acreditava que o MMA, a mistura de diversas lutas, seria a solução. O problema é que as lutas haviam se convertido em esportes com regras e fair play, enquanto em uma situação real de violência a única regra é vencer e, de preferência, sair vivo e ileso. Ciente disso, era vital praticar tudo o que era proibido nos esportes de combate para não sermos vítimas de ataques considerados ilegais nos ringues e cages.
3. A prova de fogo é o combate sem cooperação e sem regras. E a solução não eram os sparrings ou torneios. Testar habilidades provocando brigas nas ruas, além de suicida (vide os assassinatos de lutadores) é juridicamente um crime e uma amostra de comportamento covarde e de psiquê frágil. Felizmente, eu havia descoberto um exercício em duplas capaz de ensinar a lutar com realismo minimizando os riscos de lesões graves entre meus alunos.
4. As primitivas técnicas marciais nasceram da Mentalidade do Caçador. Um caçador ou caçadora não faz prisioneiros. A caça deve ser rastreada, emboscada e abatida para servir como alimento. Essa mentalidade original foi evoluindo até se consolidar em uma ética guerreira. Aqui voltamos ao tema da coragem. O único instinto mais forte do que o medo é a fome. Aqueles antigos caçadores-coletores aproveitavam as épocas de caça abundante para consumir e estocar o máximo das calorias que precisariam nos períodos de escassez, se preparando para a próxima temporada de caça, e assim sucessivamente. Desde o advento das máquinas e do processamento e distribuição rápidos de alimentos, a maior parte da humanidade anestesiou essa memória genética, com resultados desastrosos para a saúde e a segurança individual e coletiva. Portanto, uma metodologia nova de autoproteção deveria estimular e despertar esse talento natural humano, e ter aplicação universal, sem depender de força bruta ou do alto nível de condicionamento físico dos atletas de elite.

Munido de todos estes elementos coletados ao longo de mais de três décadas investigando as fontes das artes marciais e treinando com “realistas marciais”, finalmente consegui juntá-los em um sistema coeso de aquisição de habilidades marciais para homens e mulheres de várias idades.

O MÉTODO IMOTO é o primeiro sistema de legítima defesa em que você adquire o “idioma” da coragem para lutar pela sua vida. Você não aprendeu a sua língua materna estudando gramática e decorando o dicionário inteiro. Foi por meio da convivência com seus familiares e amigos que você adquiriu a capacidade de entender a mensagem de tudo que lhe falavam e lhe mostravam. E este era o “segredo” dos Grandes Mestres que ninguém havia prestado a devida atenção: para adquirir o idioma da coragem eles foram progressivamente expostos à linguagem da violência até serem capazes de decifrá-la e neutralizá-la antes que ela escalasse e fosse tarde demais. Todos que conquistaram o mais alto nível das artes marciais sofreram a violência na própria pele e tiveram a boa sorte de sobreviver para aprender com seus erros e acertos. As tecnologias que herdamos deles estão a nossa disposição para serem praticadas, absorvidas e refinadas.

No final, você também irá descobrir que… O CORPO É A ARMA!
É sempre sobre você e seu corpo.
Como você vê a si mesmo e, como consequência, como vê o resto do mundo.
O corpo manda em tudo. É onde tudo começa.
O que você pode conseguir que ele faça, que ele suporte. Quão rápido você pode ser. Quão preciso. E quieto, forte, flexível e controlado. É a única ferramenta que está sempre à sua disposição, não importa onde você vá, a única arma que nunca é descoberta quando passa por alfândegas, que nunca é surpreendida por um segurança mais atento, por um policial mais esperto. Está no centro de todas as suas ações, e você precisa confiar nele inteiramente.
O corpo.
É só do que você precisa.
E, é claro, de coragem para usá-lo em seu próprio benefício e dos demais.
Tudo isso, como em qualquer atividade, exige uma completa reeducação cinética e, consequentemente, cognitiva. Esta reeducação marcial eu chamei de “MÉTODO IMOTO”.

Reconhecer padrões de perigo é importante, embora não seja suficiente, e armas, estratégias e táticas são meras ferramentas do ofício. Similar ao Xadrez, que considero uma das mais poderosas disciplinas marciais da mente, mover com destreza cada mínima parte do corpo equivale a fazer os melhores lances. Lembre-se que no tabuleiro do mundo real não haverá oportunidade de abandonar a partida em que você, o Rei, estiver sob ameaça de “xeque-mate”… Portanto, conforme explicou um antigo espadachim japonês, treine para ser capaz de se antecipar ao inimigo e sacar todas as suas espadas.
Somente as sessões de treinamento que “REPETEM SEM REPETIR” e que recrutam cada fibra do seu ser cumprem esta missão.

“Buscam-se homens para excursão perigosa, com baixo soldo, frio intenso, longos meses em completa escuridão, perigo constante, retorno incerto; honra e reconhecimento em caso de sucesso.”

— Mensagem postada no jornal London Times em 1912 pelo explorador da Antártida Ernest Shackleton buscando voluntários para uma expedição ao Polo Sul. Na manhã seguinte, cinco mil homens se apresentaram voluntariamente para aquele viagem.

Sei que não existem mais continentes desconhecidos para explorar e atrair aventureiros. Mas conquistar o domínio sobre si mesmo é muito mais importante do que pisar no topo do Everest. Essa será a recompensa do treinamento do MÉTODO IMOTO: a LIBERDADE de caminhar sem medos irracionais.
Este artigo é para guerreiros e guerreiras e não me importo se estranhos possam ou não me compreender.
Eu sei que VOCÊ irá.

CONHEÇA MAIS SOBRE O MÉTODO IMOTO:

www.academiaimoto.com/modalidades/metodo-imoto/

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